Por André Farrath

A situação vivida nos tempos de hoje nos remete para uma reflexão de como será o comportamento humano, econômico e social depois do Coronavírus, já previsto no livro “O Relatório da CIA de como será o mundo em 2025”. O livro foi lançado em 2005, mas tem requintes atuais igual a letra de Raul Seixas em “O dia em que a Terra parou”. Sou do tempo da enciclopédia BARSA, das locadoras de fita, do atlas, do tempo em que para fazer uma ligação telefônica quando estava na rua, teria de ser por meio de telefone público – “orelhão”. Sou do tempo antes da internet, do e-mail, da rede social e de mais uma infinidade de coisas jamais aceitável e concebível.

Tenho certeza que a Segunda Guerra Mundial foi um divisor de águas, que o mundo dali para frente mudou. Agora tenho mais certeza ainda que o mundo não será o mesmo depois do Coronavírus. Apesar do livro da CIA supramencionado ter previsto esta pandemia, ninguém esperava por este Lockdown, este pseudo isolamento social, tanto vertical quanto horizontal.

Muito se falava em EAD – Ensino a Distância, home-office, home-working, e-commerce, delivery, aplicativos de entrega. A forma de utilizar o táxi já mudou e de reservar hotem também. A energia fotovoltaica caminha a passos largos em paralelo aos carros e motos elétricas. As panelas elétrica que fazem arroz, feijão entre outros cozidos e fritadeiras sem uso óleo – air fryer. A churrasqueira com carvão e álcool em gel aos poucos perdem espaço para o grill ou chapa elétrica.

Aqui na Ética Contábil e Jurídica temos o bate-papo do cafezinho das 9h e 13h. É nele que discutimos isto tudo, como será daqui pra frente? Como o mundo reagirá? Para Melhor? Realmente precisamos nos preparar para novas pandemias e para tanto teremos que criar estruturas home-office de verdade. Fizemos adaptações rápidas para trabalharmos em casa, mas muitas das vezes esbarramos numa banda larga de internet inoperante. Adquirimos aqui na contabilidade uma internet com provedor de 30 megabytes e o que recebemos é de 20% a 30% do total.

Uma verdadeira infraestrutura terá de ser instalada para sustentação neste novo mundo que surgirá após o vírus. Um vírus que não é o mesmo do seu Computador que invade seus programas e delta suas informações ou vai hackeando sua conta bancária, e, sim, um vírus letal que assombrou a humanidade. Um vírus que foi chegando de mansinho e infectou todo o continente.

Assim como o professor de datilografia e o consertador de guarda-chuvas foram absorvidos pela tecnologia e o consumo, depois do Covid-19 novas profissões irão surgir bem como outras tantas irão desaparecer, tantas outras existentes se fortalecerão.

A figura do jornalista ficou muito forte , pois o uso errado da rede social com robôs e Fake-News fortaleceram o jornalismo sério. A venda através de site ganhou outra dimensão. Os aplicativos tornaram figuras comum nos smartphones. A forma de estudar no banco da escola certamente será reformulada, assim como foi o quadro negro e o giz. Os filmes encarregam de nos mostrar as tendências com 20, 30, 40 anos à frente. Assim como o carro do Batman com seus vidros elétricos, teto solar e telefone eram impossíveis nos anos 50, hoje ficou para trás. Pode-se observar no filme Avatar a força do drone substituindo o motoboy. O drone já está entregando pizzas e operando em guerra melhor que alguns aviões. Quem não lembra do General Iraniano Quaisen Solemani trucidado por um drone americano em Bagdá? O trator e o avião de pulverização de lavouras já começam a perder espaço para esta peça não tripulado. Está acontecendo uma explosão de drones de precisão na agricultura. Se a enxada e o cavalo cedeu lugar para a roçadeira e a motocicleta os tratores cederão para o drone, sem contar as grandes fazendas de produção leiteira que já são quase todas eletrônicas, desde a teta da vaca até ao tanque de reservatórios.

Os planos de saúde digitais ganharão força. Ainda muito resistente na atualidade, pesquisas lecionam um boom neste mercado. Já tem um plano, onde você acessa através da tela do seu celular, aparece um médico; você conecta através de cabo USB, aparelho de pressão, medidor de temperatura, bafômetro e aparelho de sangue; o médico analisa faz a consulta e a receita vai direto para o seu Whatsapp.

O filme Cassino Royale com Daniel Craig como 007 emoldura bem esta situação. Se no futebol apareceu o VAR – Vídeo Assistente Referee, e sumiu a prancheta do folclórico técnico Joel Santana, ficará sem espaço o jogador que “esconde leite”, pois o chip estará acompanhando seus passos dentro da cancha e evidenciando todo seu comportamento nas 4 linhas do gramado e já está se tornando grama sintética.

A moeda digital gera ainda desconforto numa grande parte de pessoas. O cartão de crédito e débito também passou por esta desconfiança quando começaram a lançar a moeda de plástico. O que não pode é resistir a esta tecnologia de criptomoedas, pois mesmo com toda a arrelia e arrepios elas vem ganhando espaço de forma avassaladora . O banco digital já é uma realidade viva e que se cuide as bolsas de valores neste modelo estranho que o filme “O Lobo e Wall Street” mostra claro os papeis podres. Mais adiante no filme “A Lavanderia” os Advogados e Contadores dão aula sobre a farsa de uma seguradora e seus resseguros. Por isto avançam as associações de proteções em uma escala de quarteirão.

Aqui na Ética Contábil e Jurídica estamos avançados no que tange esta era digital; estamos muito longe, mais caminhamos passos largos para este novo modelo depois desta Pandemia Adquirimos softs capazes e robustos para a demanda desta nova era digital. Compliance, PGA – Programa de Gerenciamento do Atendimento , robôs , sistema home office e controladoria são alguns modelos que já começam operar . Depois de toda esta explanação somos convictos que o pós Coronavírus teremos um mundo melhor, mais fraterno e com mais calor humano circulando.

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