Por André Farrath
O caso Marcius Mehen e Dani Calabresa trouxe a tona o quanto é complexo o compliance. Nestes tempos de lavagem de dinheiro, prisões espetáculos, mídia dando pitaco e mais um monte de baboseiras a palavra compliance emergiu igual um monstro sai do fundo do mar. Noticiário todas a horas usando esta terminologia.
Mas o que vem a ser o tal compliance?
Em primeiro lugar compliance em tradução de gente normal vem do verbo to comply que significa agir de acordo com um ordenamento ou um conjunto de regras. Já no ambiente coorporativo e empresarial nada mais é que agir de conformidade as regras da empresa. Tipo: a empresa tem seu código de conduta, seu regimento interno, suas regras a seguir e cabe tanto aos diretores, sócios, empregados, parceiros, colaboradores cumpri-los ipsis litteris.
Virou moda dizer que “o compliance não aprovou” ou “tem que passar por nosso compliance”. A Rede Globo foi o clássico exemplo – nosso compliance relatou todas as evidências e conclui-se que ferimento do código de Ética.
Rapidamente veio a tona pela teoria res ipsa loquitur, ou seja, as coisas falam por si só. E no que parece o caso Melhen e Calabrasa estava mais para consensual que para assédio.
Se voltarmos um pouco no tempo, os grandes escândalos financeiros no mundo, as lavagens de dinheiro internacional, as fraudes bancárias, os balanços patrimoniais montados e falsificados, as grandes sonegações fiscais, foi que levaram as empresas trabalhar ou tentar trabalhar com mais transparência e com um conjunto de regras para conter este disparate louco.
Ainda estamos engatinhando, mas este é o caminho – dar transparência, legalidade e respeito; prevenir desvios e atuar na política de contenção de riscos e exposição.
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